quarta-feira, 12 de agosto de 2009

The Times They Are A-Changin'´*


Muito do que eu fiz eu não mudaria, entretanto tem muito mais coisas que eu gostaria de não ter feito, ou pelo menos ter feito diferente. Me aproximado de uma certa pessoa, sei lá, me soltado mais das patéticas amarras que me impus, só pra viver em sociedade sem ser taxado de maluco.



Estranho esse texto não? Sei que não é o primeiro que faço na linha (por isso a seção "Papo Furado") mas é meio terapeutico isso aqui. Uma forma de desbloquear a mente para a escrita, desabafar "em ouvidos surdos" e também, sei lá, traçar estratégias para o amanhã.



A faculdade volta em breve. Último semestre daí eu me formo. Mas e depois? O que virá amanhã? Sucesso? Fracasso? Eu não tenho muitas habilidades fora essa minha eloquência com textos escritos (eloquência essa que muitas vezes eu tenho ao vivo também). Do que isso vai me servir (se é que vai)?



Sei lá, o diploma tá quase na mão, mas ele sozinho não é garantia de muita coisa (a falta dele já é: garantia que você REALMENTE não terá uma chance no mercado de trabalho). Isso, porém, é relativo: vê-se muito por aí pessoas formadas mal inseridas no mercado de trabalho e pessoas que sequer foram instruídas estão ocupando cargos elevados (na política temos alguns exemplos...).



Outro problema comum na sociedade hoje é o relacionamento a dois. Eu vejo muitos jovens (alguns mais novos do que eu) falando de "amor eterno e incondicional", só que esse amor geralmente se renova de tempos em tempos...quando trocam-se os parceiros e surgem novos casais.



Verdade seja dita: não existe coisa mais difícil do que se relacionar com outro ser humano, ainda mais do sexo oposto. São biotipos diferentes, mentes diferentes...personalidades diferentes. O tempo vai passando, pode acontecer do relacionamento (seja marital, namoro ou aquela amizade de longos anos) sofrer um eventual desgaste; podem rolar algumas discussões também, que assim como a origem do nosso "pequeno" universo, começam pequenas e podem tomar dimensões gigantescas. Geralmente esse tipo de discussão é bem resolvido, pelo menos em noventa por cento dos casos...o problema são os dez por cento que não se resolvem.



A verdade é que os tempos mudam e nós mudamos junto. Não ficamos nem melhores nem piores, apenas diferentes. Os últimos anos (para mim) foram de intensa mudança pra mim: mudou a escola, mudaram (alguns) amigos, mudei de casa...só não mudei de cidade (embora ela tenha mudado a sua maneira). Isso somado a alguns outros fatores fez minha percepção das coisas mudar. Saiu um pouco aquela visão otimista, pueril e ingenua das coisas e entrou uma ótica mais "cinzenta" eu acho. Deixei de ver as coisas como adolescente e passei a ver as coisas como adulto (pelo menos acho que passei a vê-las dessa forma).



Tudo passou a ter mais peso; as consequências dos nossos atos como adultos são maiores. Não se trata só de levar um esporro dos pais, é um cenário bem maior. Um erro pode significar uma vida, um emprego (geralmente de quem errou), o amor de alguém especial. E como nas discussões citadas acima, as vezes um erro não tem conserto.



Se fosse outra pessoa escrevendo provavelmente usaria os chavôes da auto-ajuda como "o sol vai nascer amanhã", "o meu dia vai chegar" ou mesmo a musiquinha que a Globo usa nas chamadas de fim de ano. Mas...sei lá...como eu disse os anos vão passando e por mais que a gente tente mudar (e eu uso "a gente" porque duvido ser o único que tem esse tipo de pensamento) as coisas parecem não mudar, ou se mudam é muito pouco.







...ainda assim, sempre dá pra sonhar com duas linhas de tempo:


Os tempos de outrora


E o amanhecer de uma nova aurora.








*Título de uma música do Bob Dylan usada recentemente no filme Watchmen.

1 comentários:

cacarola disse...

Vc já pensou em fazer PNL , ajuda as pessoas a se motivarem e criar objetivos na vida.

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